7 questões teológicas enfrentadas pela Igreja local

7 questões teológicas enfrentadas pela Igreja local
Em todas as épocas, os cristãos são chamados a "batalhar pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos" Algumas lutas se repetem em cada geração. Batalhas, como a veracidade da Escritura ou a pessoa e a obra de Cristo são perenes. A igreja, de novo e de novo, tem de articular e defender essas doutrinas.

Outras batalhas, como o ensinamento da Bíblia sobre o casamento, o sexo e a sexualidade humana, parecem surgir do nada, e exigem que a igreja seja ágil, rápida e forte na resposta.

Os cristãos não devem ser pugilistas, sempre procurando por batalhas doutrinárias. Mas é melhor que não sejamos covardes, sem vontade de encontrar uma. Na verdade, Martinho Lutero - o reformador relutante - serve como um bom modelo. Lutero desafiou as autoridades eclesiásticas e magistrais governantes de sua época, sob constante ameaça de morte, porque a sua "consciência estava obrigada a Palavra de Deus".

Os protestantes entendem que há um equilíbrio a ser mantido entre a igreja e a verdade. A igreja não determina a verdade; a verdade determina a igreja. A igreja não autentica as Escrituras, as Escrituras autenticam a igreja. A igreja não fortalece a verdade; a verdade fortalece a igreja.

No entanto, a igreja e a verdade desfrutam de uma relação simbiótica. A Igreja é chamada para proclamar e praticar a verdade. Afinal de contas, o apóstolo Paulo designa a igreja como "coluna e firmeza da verdade".

No espírito de Lutero, a igreja - e especialmente aqueles que a lideram - deve continuamente se perguntar: "Onde a batalha está travada? Quais verdades estão sob ataque? Contra quais ataques os cristãos devem se mobilizar e envolver?". Quando considerada a esta luz, sete desafios teológicos emergem para serem confrontados pela igreja.

Primeiro, a igreja deve recuperar a exclusividade do evangelho.

A igreja evangélica persistir em um estado de letargia evangelística. Na minha própria denominação, batismos e ofertas para missões continuam caindo. O que é ainda mais preocupante é a nossa coletiva falta de preocupação com essas trajetórias. As estatísticas não são apenas números. São pessoas - pessoas que necessitam de Cristo.

Em sua raiz, nem as causas nem as curas são metodológicas ou programáticas. A questão é teológica - nós ainda acreditamos que as pessoas que morrem sem Cristo estão eternamente separadas de Deus e sofrerão a punição no inferno? Mesmo para aqueles que ainda professam a exclusividade do evangelho, a nossa prática, muitas vezes conta outra história. Temos de recuperar a exclusividade do evangelho.

Em segundo lugar, a igreja deve defender a natureza e o poder da Escritura.

Esta é uma preocupação perene, mas uma preocupação especialmente urgente também. Felizmente, nos últimos anos a infalibilidade das Escrituras tem recebido uma atenção renovada.

No entanto, para os evangélicos, podemos acreditar na Bíblia, sem crer nela. Valorizar a Bíblia que forma as nossas convicções, domina nossos púlpitos, molda a nossa liderança, enche nossas mentes, e impulsiona o nosso aconselhamento. A igreja deve defender e buscar este tipo de crença - a crença na total veracidade, autoridade e poder da Escritura.

Em terceiro lugar, a igreja deve articular uma visão abrangente da sexualidade, do sexo e o casamento.

É fato que o pastor simplesmente não pode falar de todos os problemas o tempo todo. Pelo contrário, ele deve estar sempre avaliando o que pode ser adotado versus o que deve ser articulado.

Talvez nenhuma faceta da experiência humana tem migrado mais rapidamente do "pode ser assumido" para a categoria "deve ser articulado" do que as questões de sexualidade, gênero e casamento. A fim de equipar os nossos próprios membros da igreja, proteger o testemunho da igreja, e para a glória de Deus no lar e na igreja, devemos estar falando de forma consistente - e em voz alta - sobre estas questões.

Em quarto lugar, a igreja deve nutrir um cristianismo experiencial.

O advento da Internet levou à proliferação de conteúdo e as possibilidades de aprender, diferente de qualquer outro momento da história humana. Um mundo de conhecimento está a apenas um clique de distância. Os cristãos são agora rolhas flutuando em um oceano de dados, com livros, artigos, blogs e mensagens, todos acenando para nós lê-los.

Embora haja muito para comemorar, e muitas maneiras saudáveis para alavancar essas inovações tecnológicas para o evangelho, devemos tomar cuidado com o cristianismo clínico. Este é o tipo de cristianismo que valoriza muito a aprendizagem, o conhecimento, e o consumo de dados - embora bons dados - em detrimento do coração, a alma, e o experiencial. A melhor verdade é a verdade aplicada, e a igreja deve nutrir esse tipo de cristianismo.

Em quinto lugar, a igreja deve reencontrar a sua esperança escatológica.

Ao longo de sua história, a igreja tem oscilado entre uma preocupação com o retorno de Cristo e uma negligência irresponsável desta doutrina. No século 20, o pêndulo oscilou demais em direção a especulação do fim dos tempos e a sensação escatológica. No século 21, o pêndulo oscilou demais para trás, na direção contrária.

Gráficos da profecia e conferências escatológicas deram lugar a uma indiferença aos estudos da escatologia. Uma esperança escatológica saudável fornece lastro para a igreja. Ela fornece suporte para os cristãos perseguidos e equilíbrio para aqueles que já atingiram o ganho material e o conforto terrestre.

Em sexto lugar, a igreja deve recuperar regenerados membros da igreja.

Esta preocupação, e a próxima, são mais provinciais, aplicando mais especificamente ao meu contexto Batista. Quando as igrejas preenchem seus rols de membros com aqueles que não apresentam sinais de conversão e deixa-os em seus rols sem nenhuma preocupação - põem em causa a integridade e o testemunho de sua igreja, impedindo o testemunho e a integridade da congregação, e limitando a glória de Deus através da congregação para a comunidade.

Além disso, membros da igreja não regenerados comprometem a integridade do congregacionalismo como uma forma de governo da igreja. Como a igreja pode ser corretamente governada se um número substancial das pessoas encarregadas de governar não mostra sinais de conversão?

Em sétimo lugar, a igreja deve reafirmar a primazia das ordenanças.

O batismo e a Ceia do Senhor são as duas ordenanças dadas por Cristo a igreja e para a igreja. O batismo por imersão é uma ordem inconfundível do Novo Testamento e é fundamental para o crente e a igreja. Além disso, é fundamental para o que significa ser um Batista e a negligência ao ensino e a praticando dessa ordenança irá certamente corroer a nossa identidade Batista.

Da mesma forma, Cristo deu a Ceia do Senhor à igreja e para a igreja, e é administrada pela igreja. Os cristãos têm sustentado por muito tempo que somente crentes batizados, em plena comunhão com a sua igreja, são convidados a participar da Ceia do Senhor.

Concluindo

O ex presidente Bill Clinton, uma vez pensou que ele nunca seria considerado verdadeiramente um grande presidente, porque nenhuma grande crise nacional ocorreu em seu mandato. O ex presidente Lincoln teve que salvar a União; Franklin Delano Roosevelt teve Pearl Harbor e a Segunda Guerra Mundial; e Reagan tinha a consumação da Guerra Fria. Atores imortais precisam de um grande palco para forjá-los.

Há algo muito pior do que não ter uma crise para se envolver. É estar tendo uma crise, mas não se envolver com ela. Fidelidade em nossa geração requer a igreja - e especialmente os pastores que a conduzem - para cumprir com o nosso dever de preservar a fé e apoiar a igreja. Você está pronto para fazer a sua parte?

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